sábado, 22 de março de 2008

Pelo Brasil: Teresina

Operação Grão-Pará

Projeto Rondon encerra primeira operação de 2008

Fonte: Agência Brasil

Teresina - Desafio, aprendizado, surpresa e renovação. Para o grupo de estudantes universitários e professores da Fundação João Pinheiro, as quatro palavras resumem o que a proposta do Projeto Rondon revelou em 15 dias de atividades no município de Pedro II, no Piauí.
Outros 150 estudantes e 50 professores de instituições de nível superior de diversos estados do país participaram ontem (27) da cerimônia de encerramento da Operação Grão-Pará – primeiro pacote de ações do Projeto Rondon em 2008. Os pouco mais de 200 rondonistas se reuniram em Teresina, capital do estado, para relatar as atividades implementadas em 13 municípios piauienses.
Cada localidade recebeu duas equipes, formadas por dois professores e seis estudantes, com o objetivo de trabalhar a consciência cidadã, o desenvolvimento local sustentável, o bem-estar e a gestão pública.
Wellington Dias, governador do Piauí, afirmou que as ações dos rondonistas em áreas como planejamento e inclusão social são bem-vindas no estado, sobretudo diante do quadro de pobreza na região.
“Nós temos a oportunidade de fazer com que os estudantes, na fase em que estão se profissionalizando, possam conhecer a realidade do Brasil. Eu, ainda estudante, atuei como voluntário (no projeto) e acompanhava as equipes. Era um choque cultural muito importante para todos nós, de grande impacto dentro da comunidade”, disse Dias.
Ele garantiu que o planejamento e a elaboração de projetos por parte dos rondonistas junto aos gestores permitem que as localidades atendidas possam obter recursos estratégicos e necessários, que possibilitem a independência do município. “Vai despertar, no município, o interesse de, cada vez mais, utilizar esse mecanismo para a sua estratégia de desenvolvimento”.
O Piauí é, hoje, o estado brasileiro com menor renda per capita. Outros dois estados nordestinos – Maranhão e Alagoas – mantêm a disputa sempre acirrada.
Para o secretário-geral da União Nacional dos Estudantes (UNE), Ubiratan dos Santos, o momento é importante não apenas para o Piauí e o Pará – estados que receberam as ações da Operação Grão-Pará – mas para todo o país.
“A principal característica do Projeto Rondon é trazer o desenvolvimento nacional para o Brasil, combatendo a miséria e a pobreza que existem ainda hoje. É a universidade brasileira trabalhando a serviço do desenvolvimento do Brasil”.
Ele lembrou que a iniciativa é considerada um dos maiores projetos de extensão brasileiros e que, além de buscar o desenvolvimento nacional, contribui para a formação acadêmica dos estudantes e, conseqüentemente, para uma melhor atuação no campo profissional.
O Sargento Júlio, coordenador-geral do Projeto Rondon, disse que não existem condições, atualmente, para que as ações cheguem aos mais de 5.500 municípios brasileiros, mas garantiu que as próximas etapas do projeto serão ampliadas.
“Ao final das operações de janeiro e fevereiro, estaremos atingindo quase 5 mil rondonistas (desde 2005). Temos planos para que o projeto se amplie e temos a convicção de que isso é possível de se fazer”.
Criado em 1967 pelo governo federal, o Projeto Rondon foi suspenso em 1989 e reativado há dois anos. Entre 2005 e 2008, foram realizadas 13 operações, com um total de 4.326 rondonistas e 282 municípios atendidos.
O projeto, coordenado pelo Ministério da Defesa, é apoiado por outros sete ministérios: Educação, Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Saúde, Meio Ambiente, Integração Nacional, Esporte e Desenvolvimento Agrário, além da Secretaria Geral da Presidência da República. A União Nacional dos Estudantes (UNE) também participa da elaboração dos planos.
Em julho, parte dos 13 municípios do Piauí beneficiados pela operação, além de 31 municípios paraenses, deve voltar a receber os rondonistas para a Operação Retorno.

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